Portugal foi o país da UE onde a carga fiscal mais subiu

O último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre a evolução das tendências da fiscalidade revela que Portugal foi o país, entre os 27 da União Europeia, onde a carga fiscal sofreu o maior agravamento nos últimos 12 anos.

O relatório, hoje divulgado, conclui que entre 1995 e 2008 (último ano para o qual existem dados comparáveis), a carga fiscal subiu em Portugal mais de quatro pontos percentuais em relação à riqueza gerada pelo país, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB).

Apenas Turquia, Coreia do Sul, México e Islândia viram o peso dos impostos sobre o PIB aumentar mais durante esse período.

Com aumentos significativos, seguem-se Grécia, Chile, Itália e, em bem menor medida, Espanha (pouco mais de um ponto percentual) Em sentido contrário, o destaque vai para a Eslováquia, onde a carga fiscal recuou cerca de 7,5 pontos percentuais entre 1995 e 2008, mas também para a Irlanda (quase menos quatro pontos). Entre as grandes economias do euro, França registou um ligeiro aumento e Alemanha uma ligeira redução do "fardo" contributivo.

Não obstante o aumento considerável da carga fiscal portuguesa, o seu peso sobre o PIB em 2008 era de 35,2%, o que faz com que o país figure na 17ª posição, precisamente no meio da tabela dos 33 países membros da OCDE – imediatamente abaixo do Luxemburgo, Reino Unido, República Checa ou ainda da Alemanha e de França, mas acima de Espanha, Grécia, Irlanda ou Estados Unidos.

A factura mais pesada dos impostos é paga na Dinamarca (48,2% do PIB) e a mais leve é cobrada no México (21%).

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